quinta-feira, 11 de junho de 2009

Loucura


Loucura é algo da nossa cabeça
Quem vem em prol do combate àquilo que é normal
Mas a loucura é traiçoeira
Porque ela fuça pela sua carne
Arranca as suas frustrações e as põem para fora como espinhas
Descontrola as suas funções obrigatórias
Desperta o seu instinto animal
Pode o fazer figura semelhante aos ratos

Queres ser louco
Que o seja
Mas seja um louco racional
E mostre ao mundo o que tens a oferecer.


Danilo Moreira

FOTO: http://olharpordentro.files.wordpress.com/2009/05/loucura1.jpg

6 comentários:

Euzer Lopes disse...

A loucura faz parte da vida de qualquer ser humano como um órgão do corpo.
A gente vê algum órgão, como fígado? Não.
Mas ele existe. Está lá.
Assim como a loucura...
Ser louco, antes de qualquer coisa, é SER HUMANO.

Vivica disse...

A loucura é necessária. Todos tem esse momento. É impossível se manter são 24 horas por dia, 7 dias por semana. As vezes enlouquecer é só cantar desafinadamente na hora do banho. Faz mal aos ouvidos vizinhos, mas um bem pra alma do 'cantor'.

Abs

Corvo Torto disse...

belo poema!!!!
um amigo meu piscicologo me disse que todos os seres humanos são loucos só que existe um nivel social de convivência que chamamos de normalidade a sã consciência mental que a sociedade assumiu como a certa por ter um numero maior de pessoas dentro desse nivel.
pois é meu caro cada um tem a maluquice que lhé é cabivel...
abraços!

[ rod ] ® disse...

Eu já perdi o estágio proibitivo da loucura... e nem sei onde que o deixei.

Abçs.

Leandro Rocha disse...

Como diria o Seal: "nós não vamos conseguir sobreviver a menos que fiquemos um pouco loucos..."

A loucura é undamental para a vida. Ela e a sanidade brincam numa dança semelhante à da luz e escuridão ou do som e silêncio.

uma só se reconhece como existente através da outra.
Agora a grande pegadinha é que na verdade ambas são faces da mesma moeda.

Ives Nelson disse...

A loucura enquanto "instituição" nem chega a ser um problema, mas dificilmente é encarada como solução. Louco é quem não se diz louco.

Belo poema!

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