Seco é o pó que vejo pela frente
Seco é o olhar que emito sobre os dias de hoje
Coloco em evidência o ar de fim que assola e liberta a humanidade
Seco é o sol desbotado que me cobre com lã o calor que me faz ficar desidratado
Seco é pó doce que jogado no asfalto vira alvo de muitos pés
Seco é a língua de sede que só recebe pó dos escapamentos dos carros.
Não consigo acender as luzes da razão neste barulho.
Seco é o coração e a indiferença dos tiros que cortam sua casa
Seco é o momento que tudo parece ficar amarelo-escuro
Para no fim das contas tornar-se uma escuridão monopolista
Seco é a água hoje
Seco é a lagrima que cai hoje
Seco é o braço que só busca prazer
Seco é o rancor que consome a todos
Seco e o tesão por corpos socialmente descartáveis
Seco e o tenso momento de corrida contra as horas
Seco é aquele braço maldito que atrapalha o seu tempo.
Seco é a terra rachada, a casa rachada, o homem rachado, as memórias rachadas.
Seco, até não ficar nenhuma ponta de vida, até virar os pedaços.
Seco, até que nem pra estar seco.
Seco, até o entulho se tornar nada.
Seco é o olhar que emito sobre os dias de hoje
Coloco em evidência o ar de fim que assola e liberta a humanidade
Seco é o sol desbotado que me cobre com lã o calor que me faz ficar desidratado
Seco é pó doce que jogado no asfalto vira alvo de muitos pés
Seco é a língua de sede que só recebe pó dos escapamentos dos carros.
Não consigo acender as luzes da razão neste barulho.
Seco é o coração e a indiferença dos tiros que cortam sua casa
Seco é o momento que tudo parece ficar amarelo-escuro
Para no fim das contas tornar-se uma escuridão monopolista
Seco é a água hoje
Seco é a lagrima que cai hoje
Seco é o braço que só busca prazer
Seco é o rancor que consome a todos
Seco e o tesão por corpos socialmente descartáveis
Seco e o tenso momento de corrida contra as horas
Seco é aquele braço maldito que atrapalha o seu tempo.
Seco é a terra rachada, a casa rachada, o homem rachado, as memórias rachadas.
Seco, até não ficar nenhuma ponta de vida, até virar os pedaços.
Seco, até que nem pra estar seco.
Seco, até o entulho se tornar nada.
Danilo Moreira
janeiro de 2010
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FOTO: http://www.jornaldebrasilia.com.br/site/blogs/identidade/index.php?blog=13&mes=&pagina=8
5 comentários:
Postagem perfeita...
"Seco é o rancor que consome a todos"
Existem muitas pessoas que consome suas almas com o rancor...Eu penso, que esse seja um dos piores sentimentos e acaba nos prejudicando.
abraços
Seco é a mente que nem sabe mentir sobre o que senti.
Grande Danilo... bom ler-te sempre.
Uma boa leitura, muito intenso, verdadeiro e sensível. parabéns!
As pessoas estão cada vez mais ficando secas, insensíveis e fulgázes.
abraço,
www.todososouvidos.blogspot.com
me lembrou um poema que escrevi uma vez, só que ele era associando coisas "frias".
muito legal seu blog, cara, parabéns.
abraço
http://monologoscomdeus.blogspot.com/
"Seco é a lagrima que cai hoje"
Acho que as coisas estão acontecendo de um jeito tão pobre e mesquinho que não há ânimo nem pra chorar..
Gostei muito do seu blog e estou seguindo.. se quiser dar ua passadinha no meu, o convite está feito..
super beijo *---*
www.meniinalaryssa.blogspot.com
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