Enquanto eu navegava pelo Facebook, uma amiga compartilhou um link de uma matéria da sessão TechTudo do portal G1. Segundo a matéria, algumas empresas brasileiras já teriam deixado de lado o tradicional curriculum vitae e passado a utilizar como critério de seleção de candidatos a consulta do que andam publicando nos perfis das suas mídias sociais.
A notícia me deixou com uma pulga atrás da orelha. Será que já vivemos em tempos em que as redes sociais passaram a ser uma espécie de Big Brother Curricular, onde TUDO que escrevemos é observado e analisado por várias empresas?
O fato é que vivemos na era em que a privacidade praticamente está morta. Em todo lugar somos vigiados por câmeras. Tudo que acontece conosco faz parte de uma rede mundial, onde quanto mais o fato for inusitado e provocar algum tipo de reação, mais pessoas tomam conhecimento dele. Pode ser por exemplo um comentário bem humorado seu, mas se as pessoas acharam interessante, vão compartilhar.
Talvez seja o momento das pessoas monitorarem mais o que postam e o que compartilham nas redes sociais, afinal, vivemos sendo bombardeados (e dando atenção) o tempo todo por informações inúteis, e querendo ou não, que podem depor contra nós em situações como a descrita na matéria do G1. Ao mesmo tempo, é algo que particularmente me intriga e me leva a lhe jogar uma reflexão, leitor. Será que ter uma postura sempre politicamente correta nas redes não é uma forma de mascarar o ser humano que você realmente é? Ou precisamos nos fechar dentro de uma imagem montada e planejada, tendo um rígido controle sobre cada letra que escrevemos ou compartilhamos?
Pense nisso.
Danilo Moreira
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FOTO: http://aquintaonda.blogspot.com/2010/07/tse-publica-regras-para-redes-sociais.html