sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Obrigado, 2010!!



Olá leitor!

Tenho percebido uma coisa. Por mais que eu procure postar sobre Natal e Ano Novo, sempre acabo postando depois. Às, vezes, dois dias depois. A fim de quebrar essa “tradição”, resolvi hoje escrever sobre a virada do ano.

2010. Sou grato por esse ano. Muitas histórias para contar. Muitas surpresas boas.

Saí de Relações Públicas. Mudei para Jornalismo. Fiz a minha primeira reportagem. Meus textos foram elogiados por um professor, um jornalista e uma escritora. Passei a escrever em mais um blog. Terminei praticamente de digitar os meus contos. Conheci gente nova. Ralei duro nos trabalhos da faculdade. Senti falta de muitas pessoas. Surtei em alguns momentos. Chorei por dores que, mesmo fazendo parte de páginas cada vez mais ultrapassadas, em alguns momentos, sob a força do vento escuro, voltaram a abalar as minhas estruturas. Coloquei um piercing no tragus.

Vi amigos se tornarem mais amigos. Outros amigos, se tornarem meras pessoas. Outros, mera página virada. Ganhei novos amigos. Senti o carinho e o conforto de vários deles quando precisei. Senti a indiferença de quem não esperava. Recebi um ombro de quem menos imaginava. Ajudei e fui ouvido de quem menos esperava. Tive com eles momentos memoráveis, seja na alegria, na tristeza, na doença, e principalmente, nos trabalhos e na loucura.

Voltei a fazer teatro no primeiro semestre. Fiz parte do Grupo Carapuça. Voltei a sentir o prazer de atuar, de ver uma platéia ansiosa para ver um espetáculo, seja no auditório da faculdade, seja no Parque do Ibirapuera.

Sai muito. Bebi muito. Zoei muito. Me diverti ao lado de amigos. Ri muito. Cantei ilariê e a vinheta do Fantástico com amigos e desconhecidos numa esquina do Centro. Tive uma Virada Cultural que ultrapassou os limites do surreal. Vi shows memoráveis como Double You, Ana Carolina e C Jay Ramone. Fui para balada nesse ano em um número que vezes maior do que fui em uma década. Comemorei o meu aniversário em uma delas. Tive meus 15 minutos de fama. Sofri muito por amor em meio às luzes. Surtei de euforia no meio do gelo seco. Fiz metaleiros dançarem Britney Spears, e amantes da cultura japonesa cantarem Chitãozinho & Xororó.

Ano de muito trabalho. Meses de muitos trabalhos. Mudança de grupos. Adaptação com novos grupos. Corrida contra o tempo. Mudança forçada de hábitos. Meses estressantes.

Senti na pele o preço da escolha profissional, não a que eu estudo, mas a que eu me acomodei, e que agora, tento sair antes que ela me engula de vez.

E por fim, não sei mais o que dizer. Estou feliz. Estou grato por tudo que conquistei. Estou renovando as metas daquilo que ainda não consegui. Espero que 2011 seja um ano de muitas conquistas, e que a metamorfose que sinto dentro da minha alma, me conduza a caminhos maduros e desprendidos das amarras que ainda insistem em me carimbar o que não sou.

E por fim, agradeço a todos que fizeram parte da minha vida nesse ano que vai. Obrigado mesmo, por tudo, pois com vocês, de uma forma de outra, eu me tornei uma pessoa muito melhor.

E desejo a vocês, e a você leitor, que 2011 seja um ano de renovações. Que você possa, pelo menos em alguns dias do ano, poder abrir os braços, sentir o coração bater no seu peito, respirar o ar à sua volta, sentir o sangue correr em suas veias, e se fortalecer para continuar correndo atrás dos seus sonhos.

E mais sempre aquele blá blá blá de final de ano: saúde, sucesso, realizações, paz, etc...

Feliz 2011!! Até a próxima!

Danilo Moreira

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FOTO: http://essencialparamulheres.blogspot.com/2010/12/mais-um-ano-se-foi.html

domingo, 26 de dezembro de 2010

Um pequeno panorama natalino


Olá leitor!

Peço desculpas pela ausência. Quando fico sem postar, mesmo que por falta de tempo, assim como aconteceu nesse período, me bate uma certa angústia, pois, adoro fazer isso aqui.

Hoje, meio atrasado, postarei algumas observações sobre o Natal. Eu sei que se você acompanhou os blogs ontem, já deve estar de saco cheio de ver a mesma coisa. Mas, leia, tenho certeza de que vai valer a pena, pois o foco aqui é algo que certamente você já viveu, ou vive, ou conhece alguém que vive, principalmente nesse período natalino.

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A cada Natal que passa, tenho a sensação de que as pessoas participam dessa data cada vez menos por entusiasmo e mais por obrigação. É como se fosse algo tão tradicional que fazer tudo aquilo que se faz nesse período – comprar presentes, fazer ceia, reunir a família – tivesse se tornado tão mesmice que as pessoas parecem fazer isso quase que mecanicamente, meio que sem sentimento.

Ontem, dia 24, um certo caso de chamou a atenção. Era de uma família que veio aqui em casa. São pessoas que conheço de longa data, e que sempre nos trataram com respeito. Entre eles, porém, sempre houve muitas brigas. Tanto que neste ano, alguns passaram o Natal em casas separadas. Foi triste saber disso, pois, já foram uma família muito unida.

Conheço amigos que passam o Natal sozinho em casa. Os pais saem, e eles se fecham no computador. Alguns até detestam o Natal pela bagunça e pelos fogos (malditos!) que a criançada solta na rua, ou pelo barulho dos sons ligado no último. E preferem se isolar nos seus quartos. Conheço gente que no Natal só aparece para os amigos dentro das redes sociais, mandando cartões animados e mensagens automáticas a todos. Conheço gente que já foi muito animada, que já teve a sua turma, mas que o tempo foi levando um a um, até restar somente ele. E hoje, até dorme cedo. Conheço famílias que o álcool e as drogas desuniu todos de tal forma, que alguns, sentem-se mais confortáveis colocando o rosto no concreto imundo de uma calçada do que dentro da própria casa. Conheço gente que parece existir apenas para estragar a festa dos outros. Conheço gente que tem como única companhia no Natal apenas um radinho de pilha, ou os colegas do trabalho. Conheço gente que parece sentir menos nojo das baratas do que dos próprios parentes. Alguns, até entendo o motivo. Outros, vejo criticando os parentes assim como se estivessem, no fundo, olhando para o próprio espelho.

Felizmente, ainda conheço gente que valoriza a família, ainda reúne a todos, mesmo com o trabalho sufocando ainda mais o seu tempo social, continua firme e presente por lá. Ontem fui testemunha de um amigo secreto dos parentes da minha cunhada, gente que conheço desde pequeno. Aliás, havia muito tempo que eles não faziam algo parecido. É claro que nem todos de antigamente puderam ou quiseram aparecer por lá, mas o clima de animação foi o mesmo. Também tenho que agradecer a Deus sempre pela família que tenho, mesmo que tenha lá as suas brigas de vez em quando, mas pelo menos, sempre que chega nessa data, procuramos estar reunidos.

Não, estamos bem longe de ser uma família perfeita. Apenas estou tentando dizer que o verdadeiro sentido do Natal é esse aí: a união de pessoas que se amam, que deixam o ego de lado e passam a valorizar a coletividade acima de todos os defeitos.

É isso.

Um Feliz Natal (atrasado!) para você e para a sua família!

Danilo Moreira

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FOTO: http://oglobo.globo.com/cultura/kogut/posts/2008/11/22/grande-familia-lineu-sera-papai-noel-141849.asp
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