quarta-feira, 21 de abril de 2010

Pesos


Sinto o peso do dia nublado.

Corroendo-me junto com os pensamentos equivocados.

Cada pecado de madeira arremessada ao meu ombro geram dores que me fazem gritar ao avesso.

E aos raios do sol, quando batem na minha pele, parecem não provocar o mesmo efeito.

A ferrugem precoce de quem vive trocando de prateleiras as bagagens pesadas corrói suas estruturas e compromete a sua rapidez.

A lentidão que consome meus olhos é paradoxo do tempo que corre cada vez mais rápido por baixo dos meus pés.

Penso como deveria levitar com a mágica tão utópica quando as pregadas em livros de auto-ajuda.

Talvez porque só o tempo é que dirá o que eu deverei carregar.

E por onde carregar

Me carregar...


Danilo Moreira

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FOTO: http://cavernadezion.files.wordpress.com/2008/12/peso.jpg

3 comentários:

[ rod ] ® disse...

O peso dos dias tem o tamanho das nossas angústias. Não duvide disso! Livre-se do superfluo e viva a anuência das simplicidades. Um abs meu caro!

ex-amnésico disse...

Nem sei o que dizer, você já sabe o peso do tempo mesmo sem ter idade para isso...

Bem, sou solidário a você. E obrigado pela lembrança!


Grande abraço mnemônico!

Thainá Naveya disse...

Existem pesos em nossas vidas que são inevitáveis, duros de se carregar, mas que mais tarde (talvez muito tarde), nos fazem entender o porquê de termos que carregá-los.
Já tive pesos aos quais eu não entendia, mas hoje me ajudam a compeender a sua existência em meu passado, algo que me deixou triste, ansioso e algumas vezes desesperado, só que agora fazem sentido no que estou vivendo. Caso queira uma dica, eu diria para ter esperança sempre, pode ser um combustível ótimo para carregar esses pesos, agreditar que um dia existirá algo melhor em nossas vidas.

Márcio Andrade(Rob Naveya).

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