Era um dia em que eu tinha que postar no blog, mais precisamente, o dia de ontem, mas estava naquela seca que às vezes pega a gente que escreve.
Resolvi postar algo relacionado a curiosidades, e tinha tido a idéia de postar sobre como alguns personagens de séries famosas dos anos 80/90 estavam hoje.
Foi aí que me bateu a idéia de postar sobre os personagens da série “anos Incríveis” (The Wonder Years), uma série que passou no Brasil em 1994 e que marcou a minha e a infância de muitos marmanjos por ai. Retratava de maneira muito inteligente a saída da infância até o final da adolescência de um garoto do subúrbio americano (Kevin Arnold). Caso você não conheça a série, clique aqui.
Pois bem. Vi as fotos de como estão hoje, e um texto contando toda a trajetória e a repercussão da série, além do resumo dos principais episódios. Não deu outra, bateu em mim aquele aperto no coração, e veio-me aquela nostalgia. Não tem jeito. AI mexe forte comigo. É como se eu tivesse tendo contato comigo quando era criança e com tudo que se referia àquela época.
Mas, dessa vez, não sei se por causa das matérias que tive na faculdade sobre mídia, indústria cultural, etc, passei a observar o amor que sinto por aquela série por uma outra óptica. Como uma série americana, retratando o modo de vida americano, com costumes americanos e de uma época diferente da minha (a história se passa no final dos anos 60 e inicio dos anos 70), pode me provocar tanto fascínio e identificação? A mim, e à milhares que não perdiam um capítulo sequer?
O que fascina nessa história toda é que, assistir àquela série era um bom hábito tão comum quanto ao de assistir outras séries e desenhos da época. Um hábito que mais cedo ou mais tarde iria-se perder. E com o tempo, percebemos que não o temos mais. Logo, esse hábito ao ser lembrado, estará relacionado com uma época da sua vida, e por fim, provocará em você uma sensação nostálgica, e automaticamente o levará a se lembrar de outras coisas. Tudo bem que no caso do AI, a série era ótima e realmente possuía características humanas universais, como a timidez de Kevin, as brigas e pirraças de seu irmão Wayne, etc. Mas, e se no primeiro capítulo que vi, e seu eu não tivesse gostado? E se nunca tivesse acompanhado a série? O que eu sentiria se a visse hoje?
Pois é, para você ver leitor, que o bom hábito mais comum que você tem hoje, poderá ser o motivo de lágrimas de nostalgia amanhã, ainda mais num tempo em que as coisas são mais descartáveis.
Pense nisso.
Danilo Moreira
FOTO:
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8 comentários:
Não tive contato com essa série, mas concordo com o você, a uns dois meses atrás li almanaque dos anos 80,e apesar de não ser "a minha decada" vi que muito que tinha lá, era da minha também(90) e me fascinei, ri e quase chorei em lembrar da boa infância. Tudo tinha um gosto diferente. Essa nostalgia me abate de vez em quando, lembro do cheiro da merenda, da vontade de assistir videeo show, mas estudando à tarde!... vixe, muita coisa. A exemplo, tem séries e filmes que só reassisto por respeito ao primeiro contato que tive e portanto relembro de como eu me encontrava naqueles dias. tempo bom, eh! tempo bom!
Oi, Danilo!
Lembro dessa séria. Se não me engano ela passava na TV Cultura. Também marcou a minha adolescência pq, como vc falou, tratava de temas universais. Gostei da seção nostalgia!
Abraço,
http://cafecomnoticias.blogspot.com
As coisas de antigamente tinham uma inocência, uma alegria, uma virtude que trazia consigo. E não precisava ter tanta tecnologia, tanto palavrão obscenos, sexo exposto pra chamar atenção. Hoje tudo se mostrar e se faz mais não se sente como antigamente se sentia. Belíssimo o post
E aí, Danilão! Tudo certo, velho?
Cara, eu era vi-ci-a-do em ANOS INCRÍVEIS. Ok, ok, eu não era mais criança feito você, já era adolescente na época... Mas adorava a série, não perdia um capítulo! Aliás, até uns dois ou três anos atrás, ainda a via na TV a cabo...
Claro que como fã que sou, há muito tempo já tinha catado por aí o destino do Fred Savage & Cia.
Mas, concordo contigo. Eu, nostálgico de carteirinha, sempre me pego com o coração apertado, pensando em algo que se foi...
Já tô até ouvindo a música da abertura... Adoro A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS na voz do Joe Cocker!
Abração, velho! E muiiiito obrigado pela alegria de lembrar de uma das minhas séries preferidas...
Oi Danilo!!!
Gosto demais de "sessões nostalgia". É incrível como éramos felizes nesses tempos de outrora. Sou obrigada a lamentar pelas crianças que já sabem o que é internet antes mesmo de aprenderem a falar e não tiveram (ou vão ter)oportunidade de brincar na rua de corda ou queimada, sem medo de serem sequestradas ou assassinadas.
Isso sem contar a inocência que tínhamos e que hoje está completamente perdida.
Você foi muito feliz nessa postagem. Parabéns.
Acho que ainda sobrevive em mim um pouco do Kevin e do Lucas Silva e Silva.risos
Lollo?
haha
Que chocolate gostoso, deu fome e saudades da infâmcia...
abç
Pobre Esponja
Eu adoroooo Anos Incríveis,mas por incrível que pareça,só assisti ela a alguns anos atras,quando voltou a passar na tv cultura,se eu não me engano em 2005/2006.
É nossa vida é cheia de nostalgia,e a tv,a indústria cultura,não ía deixar de participar dela.
Beijos
Dani
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